Projecto / Project
Peugeot MCity
data / date
Junho 2008
Peugeot MCity
data / date
Junho 2008
designed Alexandre Castro
para / to 5th Peugeot Design Contest 2008
(pt)
Os valores éticos e morais da actualidade encontram-se na prioridade humana, afim de combater a precaridade e as descrepâncias sociais. Estas clarividências surgem, essencialmente, como reflexo do aumento do preço dos combustíveis, o aumento do preço dos bens alimentares e as catástrofes naturais.
Tendo em conta estes factores, na sociedade das megalópoles do futuro, pode-se considerar a seguinte teoria: o “combate” a estes problemas deixarão de ser tão eminentes para passar a uma fase de maior controlo. Esta situação será possível devido à necessidade de entreajuda dos indivíduos para manter viva uma sociedade consistente sem divergências sociais. Contudo, apesar da estabilidade, as catástrofes naturais continuarão a assombrar o futuro e a sobrevivência do Homem, sendo uma incógnita se a maior fonte de energia universal (energia solar) continuará a abastecer suficientemente o planeta. Deste modo, a sociedade crescerá de forma repartida, originando pequenas grandes comunidades, visto ser mais fácil de gerir e autosustentar pequenos grupos sociais. Assim, formar-se-ão as megalópoles concentradas em pontos geográficos dispersados pelo planeta, pois as constantes tempestades abalarão as periferias transformando as cidades intermédias e aldeias em grandes desertos naturais. Os sobreviventes mudam-se para as megalópoles abandonando as suas origens para satisfazer as suas necessidades.
Com a energia solar em causa, novos meios renováveis surgirão. Exemplo disso, será a energia calórica proveniente do interior da terra, recurso este que é inesgotável e através de complexos sistemas de engenharia transformarão este meio na principal fonte de energia que irá sustentar as megalópoles do futuro – a electricidade. Os automóveis não serão excepção, visto ser o principal meio de transporte que permitirá a intercomunicação entre megalópoles. A concepção deste veículo vem satisfazer as necessidades existentes do momento: a versatilidade (adapta-se ao congestionamento, dinamismo e celeridade com que se vive nas megalópoles e aos longos percursos das estradas que as separam). Promove a harmonia social, através do conceito da transparência e da panorâmica e os valores económicos típicos de um carro citadino.
As megalópoles possuirão regras rigorosas para os veículos. Não haverá estacionamento deliberado pelo condutor, mas antes parques destinados apenas para o efeito dispersados pelas cidades em pontos estratégicos, com a finalidade de evitar o caos, reduzir o impacto ambiental e estabelecer o respeito social. Nestes parques haverão vários postos de abastecimento de energia calórica, onde os condutores poderão abastecer o seu veículo ao estacionar e que terão um funcionamento semelhante ao dos postos de abastecimento de combustíveis fósseis.
Na concepção deste veículo salienta-se a sua complexa engenharia que recebe a energia calórica através de uma mangueira exterior retendo-a em acumuladores que a transformam em energia eléctrica de alto rendimento permitindo a deslocação de um veículo a velocidades consideráveis. Para além disso, através de uma película esponjosa do género de poliestireno que reveste o interior da chapa, acumula-se calor proveniente de fontes externas que de seguida é encaminhado para transformadores eléctricos que se encontram no seu motor. Esta escolha permite reaproveitar fonte de calor externa e não prejudica a estética exterior do automóvel com painéis solares ou recursos semelhantes, deixando assim o design e as motivações falarem por si.
No entanto, há também outro ponto de salientar como importante. Tendo em conta a situação do congestionamento das grandes metrópoles, a vantagem de veículos pequenos nestes meios e a distância entre elas, fazem deste automóvel não apenas um veículo citadino mas também um excelente outroad através de um sistema inteligente que reconhece as necessidades aerodinâmicas do veículo ao atingir uma determinada velocidade fora das cidades, adaptando-se às circunstâncias. Assim pretende-se proporcionar uma viagem tranquila e rápida entre megalópoles através de estradas desérticas de ambiente hostil serenando o condutor de tempos de angústia que vivera no “passado”, actual presente.
Não há futuro sem passado nem presente sem futuro.
(en)
The ethical and moral values of today are human priority, in order to face insecurity and social disparities. These facts arise, essentially, reflecting the increase in fuel prices, the increase in the price of food and natural disasters.
Given these factors, in the society of megalopolis of the future, you can consider the following theory: the "fight" against these problems will no longer be so prominent and will move to a phase of greater control. This situation will be possible because of the need of mutual help of individuals to keep a consistent society alive without social differences.
Despite the stability, natural disasters continue to haunt the future and the survival of mankind, being an uncertainty whether the major source of universal energy (solar energy) will continue to adequately supply the planet. Thus, the society will grow divided, arising many small communities because it is easier to manage and self-sustain small social groups.
Therefore, concentrated megalopolis will appear in geographical points spread throughout the planet, because the constant storms affect the suburbs, transforming the towns and villages into large natural deserts. The survivors will move to the megalopolis abandoning its origins in order to satisfy their needs.
With the solar energy in doubt, new renewable resources will arise. One example is the caloric energy from the earth, which is inexhaustible and through complex engineering systems will transform this source into the main source of energy that will sustain the megalopolis of the future - the electricity. The cars will not be an exception, because they are the main means of transport that will allow intercommunication between the megalopolis.
The conception of this vehicle satisfies the needs of the moment: the versatility (adapts to traffic jams, dynamism and speed in which people live in megalopolis and the long distances that the roads separate them). It promotes social harmony through the concept of transparency, overview and economic values of a typical city car.
The megalopolis will have strict rules for vehicles. There will not be parking deliberated by the driver, but there will be parks only for the purpose dispersed by the cities at strategic points, in order to avoid the chaos, reduce environmental impact and establish the social respect. In these parks there will be several caloric energy service stations, where drivers can fill their vehicle when parking, and will have a similar task related to the posts of fossil fuels supplies.
In conception of this vehicle it is pointed out its complex engineering that gets the caloric energy through an outside hose retaining in batteries that transforms it into high-yield electric energy allowing the dislocation of a vehicle at considerable speeds.
In addition, through a spongy layer (kind of polystyrene), which covers the inside of the plate, builds up heat from external sources, which is then lead to power transformers that are in your engine.
This choice allows reuse external sources of heat and it does not affect the exterior aesthetic of the car with solar panels or similar resources, thus leaving the design and motivations speak for themselves.
However, there is also another relevant point to stress out. Taking into account the traffic jams in large megalopolis, the advantage of small vehicles and the distance between them, make this car not only a city vehicle, but also an excellent outroad through an intelligent system that recognizes its aerodynamic needs by achieving a certain speed outside the towns, adapting themselves to the circumstances.
Thus it is intended to provide a peaceful and rapid journey between megalopolis through desert roads of hostile environment, calming the driver in times of anguish that he has lived in the "past", now present.
There is no future without a past and no present without a future.
